A Maçonaria é uma escola de aperfeiçoamento moral e intelectual, que reúne homens livres e de bons costumes, unidos pelo sentimento de fraternidade.
📜 Princípios Fundamentais:
🔹 Proclama a existência de um princípio criador, denominado Grande Arquiteto do Universo.
🔹 Busca a livre investigação da Verdade, sem barreiras de fronteiras ou etnias.
🔹 Adota e propaga doutrinas que, por meio da instrução e do exemplo, promovem o aperfeiçoamento moral e intelectual do ser humano.
🏛 Valores e Compromissos:
🔹 Pátria e Família: Cultiva o amor à Pátria como berço e lar comum, e vê na Família o sustentáculo moral da sociedade.
🔹 Respeito às Leis: Rejeita qualquer forma de violência ou desrespeito às autoridades e às leis, pois a Maçonaria repousa na observância da ordem democrática.
🔹 Neutralidade Política e Religiosa: Não é religião, seita ou partido político, nem permite discussões sectárias em suas reuniões.
🔹 Honra ao Trabalho: Valoriza o trabalho honesto como dever essencial à elevação da humanidade.
🔹 Justiça e Igualdade: Combate privilégios, exploração e qualquer tipo de discriminação.
🛠 Missão Maçônica:
O Maçom jamais será voluntariamente escravo da ignorância, da vaidade, da falsidade ou do erro. Defende a livre manifestação do pensamento, a democracia e a dignidade humana. No seio da Maçonaria, o valor moral é considerado um bem de inestimável preço.
Nascida em 3 de novembro de 1956, na cidade de Campos, Cláudia Maria Diz Zveiter iniciou sua trajetória acadêmica no Colégio Nossa Senhora das Graças. Mais tarde, mudou-se para Niterói, onde concluiu o antigo 1º Grau no Colégio Santa Bernadete e cursou o científico no Instituto Gay-Lussac.
Aprovada no vestibular para História na Universidade Santa Úrsula, cursou o primeiro ano, mas sua jornada seguiu outros caminhos.
💍 Família e Vida Pessoal
Após quatro anos de namoro, casou-se com Luiz Zveiter, e dessa união nasceram seus três filhos: Rafael, Flávio e Luisa.
👩💼 Carreira e Dedicação à Família
Empreendedora, Cláudia montou uma indústria de confecções e, posteriormente, dedicou-se a uma Delicatesse. No entanto, optou por deixar essas atividades para se dedicar integralmente à educação dos filhos.
🎓 Retorno aos Estudos e o Desafio da Saúde
Em 1996, com os filhos adolescentes, decidiu retomar os estudos e foi aprovada no vestibular para História da Arte e Estilismo na Universidade Salgado de Oliveira. Por dois anos, mergulhou novamente na vida acadêmica. Contudo, ao iniciar o 5º período, descobriu que estava com câncer e precisou interromper os estudos para se tratar.
💖 Legado de Amor e Solidariedade
Cláudia Maria Diz Zveiter não marcou apenas a vida de sua família, mas também de todos aqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la. Sua força ia além do corpo físico – era expressa por meio de seus ideais, ações e atitudes.
Segundo relatos de irmãos que conviveram com ela, Cláudia dedicou sua vida a fazer o bem sem olhar a quem. Ensinou a amar e respeitar o próximo, tornando-se uma referência de generosidade e altruísmo.
🏛 Compromisso com a Maçonaria e a Filantropia
Consciente dos problemas sociais do Estado e do País, presidiu por duas vezes a ACOMI, braço filantrópico da Grande Loja Maçônica do Estado do Rio de Janeiro. Sua dedicação ajudou a amenizar o sofrimento de inúmeras famílias maçônicas e daqueles que precisavam de apoio. Para ela, não existiam diferenças: todos mereciam atenção e cuidado.
🕊 Despedida e Homenagem Eterna
Cláudia Zveiter faleceu em 6 de setembro de 2000, no Hospital Samaritano. Sua partida foi sentida por toda a Maçonaria brasileira, que prestou homenagens, realizando um minuto de silêncio em diversas Lojas e Grandes Lojas.
Seis meses após sua partida, um grupo de irmãos fundou, em sua homenagem, a Augusta e Respeitável Loja Maçônica Cláudia Maria Diz Zveiter Nº 147. Assim, seu nome e seu legado permanecerão eternamente vivos, perpetuando sua missão de trabalhar pelo bem da humanidade.
🌟 Era só claridade
que seu olhar irradiava.
😊 A beleza do sorriso franco
era puro encantamento.
✨ Era luz que transcendia de seu rosto,
envolvendo o corpo em purpurina,
transformando-a em foco luminoso
no palco da vida,
vivida intensamente.
🌿 Fossem de alegria ou sofrimento os momentos,
a todos, não obstante, transmitia
carinho, amor, bons sentimentos.
🌹 Era viço, era rosa,
que nos canteiros da existência
cedo foi colhida por mãos bentas.
👼 Eis que, de múltiplos buquês de rosas feitas vívidas,
mais que todas sobressaiu,
atraindo a atenção dos anjos,
que a levaram, cuidadosos,
para resplandecer nos páramos siderais.
💖 Deixou aqui entre nós exemplos de força,
flor que a tudo supera.
🕊 Legou-nos a certeza do reencontro
que um dia nos espera,
superando esferas que hoje nos separam.
🔥 Por isso, imitando-a, espargiremos
do calor de nossa fé, em esplendor,
a luz que de nosso espírito se irradia,
⏳ Tornando breve nossa ansiosa espera
pela glória desse dia.
📜 Autoria: Sereníssimo Grão-Mestre Waldemar Zveiter
📅 Setembro de 2000
💔 A dor é solitária quando grande,
as palavras, por vezes abissais,
dos transes absolutos,
não traduzem os sentimentos
que verticalizam nossas horas e saudades
pelos caminhos.
👣 A ausência física de Cláudia Zveiter
é este nosso fardo eterno, nossa dor,
mas tua presença espiritual em nós,
eternamente, não deixará render
ao impacto de tua partida ou viagem.
🎶 Haveremos de escutar tua voz,
envolvendo-nos permanentemente.
Essa voz-guizos celestes
que envolvem a terra, o mar, as florestas
e viaja nas brisas e no vento.
🌿 Haveremos de sentir teu encanto
e tua imagem nas silhuetas sutis do tempo,
vertendo tua alma
no silêncio cifrado das melodias
e no barulho musical dos riachinhos.
✨ Haveremos de ver-te resplandecente,
de mãos dadas com os anjos,
no brilho do universo, nos detalhes da beleza,
nas estrelas iluminadas,
nas cores do arco-íris, na borda da noite.
📜 Autoria: Ir.’. Carmine Antonio Savino Filho
📅 Agosto de 2001
Como Nasceu uma Loja Maçônica
Vou transcrever para os queridos Irmãos como nasceu uma Loja Maçônica, hoje forte, independente de seus criadores, com vida própria e Irmãos que nela viram a Luz com muito orgulho.
Caminhos e Luzes em Torno de Cláudia
(Para Luiz Zveiter)
Foi o destino inspirado que nos reuniu ali, naquela hora. Um encontro marcado pela Providência Divina. Havíamos chegado cedo para a reunião de nossa Loja Maçônica José Navega Cretton N°28 (G∴L∴M∴E∴R∴J∴). Enquanto aguardávamos o início da sessão, nossa conversa se direcionou para a partida prematura de Cláudia Zveiter, chamada por Deus para se abrigar em Seu sopro por toda a eternidade.
Entre nós, o Ir∴ Cléber – que hoje também transita na espiritualidade – se emocionava com a profunda tristeza refletida nos corações de Cecília e dos IIr∴ Waldemar e Luiz Zveiter. Dos olhos de Cléber brotavam lágrimas temperadas, entretanto, pela certeza de todos: de Cláudia morrera somente o corpo físico.
Sua presença etérea e a lembrança de sua grandeza estavam ali, na memória de todos. De repente, compreendemos as razões maiores de termos chegado com antecedência para aquele encontro tão planejado, em que nos pusemos a reviver a pessoa querida que se fora.
A ideia pairava sobre nossas cabeças, como um esperado bálsamo: “Vamos perpetuar o nome de Cláudia Zveiter em uma Loja Maçônica!”
No dia seguinte, partimos para a concretização da ideia magnífica. Em pouco tempo, como num toque de mágica, assistimos emocionados ao nascimento da Loja Cláudia Zveiter. O tempo se encarregou de torná-la grande, de manter seu brilho e de anunciar novas esperanças.
A lembrança dos IIr∴ Waldemar Zveiter e Luiz Zveiter sempre nos levará à recordação de Cláudia, eterna companheira de Luiz na missão suprema de viver a universalidade, de construir um lar e cultuar a harmonia da paz.
Ao Ir∴ Luiz Zveiter – cujo sofrimento pela perda de Cláudia não o impediu de cumprir seu destino de líder e de gestor público, agora investido na missão de Presidente do Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro – lembramos as palavras de Shakespeare:
“Tudo está bem, quando acaba bem.”
Para nossa reflexão conjunta, nos valemos destes versos de Rilke, em Elegia de Duíno:
“Os mortos precoces não precisam de nós, eles
que se desabituam do terrestre, docemente,
como de suave seio maternal. Mas nós,
ávidos de grandes mistérios, nós que tantas vezes
só através da dor atingimos a feliz transformação,
sem eles, poderíamos ser?
Eles que hoje nos trazem êxtase, consolo e amparo.”
(Dezembro de 2008)
Minha infância foi como a de qualquer outro menino suburbano. Corria pelas ruas do bairro, soltava pipa, pulava o muro do terreno vizinho para pegar carambolas e tentava, sem muito sucesso, não me meter em confusão. Além disso, cumpria com rigor as ordens da minha mãe, Dona Lourdes, pois, como meus pais trabalhavam, cabia a nós manter a casa limpa e em ordem. Entre outras responsabilidades, também levava meu irmão mais novo à escola.
No entanto, havia algo que sempre me intrigava e despertava minha curiosidade. Sempre que saía de casa, passava em frente à residência de um senhor idoso, pai da Kátia, de quem diziam ser maçom. Maçom! Afinal, o que isso significava?
Aquele senhor, de semblante sério e austero, parecia envolver-se numa aura de respeito e mistério. Nos finais de semana, especialmente à noite, recebia visitas de outros homens com perfis semelhantes ao seu. Nunca o vi envolvido em qualquer situação duvidosa, tampouco ouvi seu nome associado a algo errado.
No mês de setembro, quando chegava a época dos doces, sua casa se tornava um ponto disputado. Não apenas distribuíam guloseimas, mas também brinquedos, que eram entregues religiosamente às crianças do bairro. Além disso, algumas vezes, o via sair acompanhado de sua esposa, Dona Palmira, carregando sacolas repletas de roupas usadas, livros, brinquedos e até uma panela que exalava o aroma reconfortante de sopa quente. Certa vez, ouvi dizer que foram vistos alimentando crianças debaixo de uma ponte, lá pelos lados de Del Castilho, próximo a uma antiga fábrica de roupas — onde hoje se encontra o Nova América Outlet Shopping.
Um dia, sem motivo aparente, tomei coragem e o cumprimentei:
— Bom dia, senhor Antônio.
Sua resposta foi serena e acolhedora, muito diferente do temor que, até então, sua presença me causava:
— Bom dia para você também. Bons estudos. Observo que seus pais educam bem você e seus irmãos, exatamente como deve ser.
Naquele instante, o medo se desfez, dando lugar à admiração. Desde então, uma pergunta passou a ecoar em minha mente: Ser maçom é isso? É transmitir segurança e tranquilidade? É ser educado e atencioso? É praticar a caridade, estendendo a mão aos que pouco ou nada têm?
Se for assim, quando crescer, também quero ser maçom.
E, desde então, em minhas orações, peço a Deus que me mantenha firme nesse caminho, sem jamais me desviar. Que eu possa ser um bom amigo, um bom irmão, um bom filho, um bom marido. Que eu possa ser um homem de bem.
Ah, que pena… Acordei!
Parecia tão real! Como foi bom viajar no tempo, revivendo, ainda que em sonho, momentos tão marcantes da minha infância. Reencontrei pessoas queridas que fizeram parte dessa fase maravilhosa da minha vida, incluindo meu saudoso pai, meus avós e, é claro, o senhor Antônio. Todos eles, hoje, no Oriente Eterno.
Mas sabe de uma coisa? Sinto que posso revivê-los a todo instante. E quem sabe, com empenho e dedicação, sem esperar recompensas ou vantagens, eu consiga me tornar outro senhor Antônio.
Feliz Dia do Maçom!
Ir∴ Evaldo Vilela Santos Junior
A∴R∴L∴M∴ Cláudia Maria Diz Zveiter Nº 147
Agosto de 2009
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